Nem tudo que reluz é ouro.
Em tempos de pós-modernidade manter os olhos abertos e a criticidade aguçada, é uma necessidade. A chance de recebermos ao menos uma notícia falsa por dia é enorme. Facebook,”zap zap”, Blogs, veículos de comunicação/televisão também podem espalhar noticias falsas, as vezes por erro e tantas outras por má fé. Noticias falsas não se circunscrevem ao campo virtual ou imaginário, elas geram consequências na vida real e por vezes servem como pretexto às mais diversas barbaridades.
Os EUA invadiram o Iraque sob pretexto de apreender e destruir armas de destruição em massa que ameaçariam o equilíbrio no Oriente Médio. Uma invasão que destruiu um País, matou milhares de inocentes, e serviu para que empresas ricas ficassem mais ricas em detrimento da soberania de um Estado. Embora chocante, e deplorável a invasão do Iraque não contava toda infraestrutura que internet possibilitaria na segunda metade do século XXI. Os meios de comunicação tradicionais ainda possuíam certa hegemonia sobre a divulgação de noticias , e a versão “oficial” governo americano se impôs. Imagens na internet geralmente serviam para denunciar ações dos soldados americanos, mas a narrativa da Casa Branca venceu e convenceu a opinião publica naquele momento.
O ex presidente Lula foi condenado e passou mais de 500 dias preso acusado de ser dono de um tríplex no Guarujá e um sitio em Atibaia. Com todo respeito ao Guarujá, mas aquelas aguas frias de areia escura ,e um apartamento não parecem atrativos suficientes para alguém que passava as férias presidenciais em INEMA, o caribe Baiano.
Lula foi preso, o PT quase acabou ,mas as correntes de zap não pararam. Os sites e robôs propagadores de noticias falsos não acabaram, e não parecem perto de acabar. Lula foi solto, absolvido em alguns processos outros foram extintos, mas a campanha de difamação não parou. A grande mídia nacional não fez uma autocritica sobre sua práxis jornalística e assim segue.
Pessoas são mortas, perseguidas e julgadas vitimas de falsas acusações. Denúncias feitas no conforto de um computador geram sangue e agonia numa esquina qualquer. Uma vez no ciberespaço, o potencial de alcance da mentira é aumentado em exponencialmente.
Checar fontes, ler as entrelinhas, desconfiar do “óbvio”, pesquisar a noticia nos mais variados meios de comunicação são cuidados necessários à construção de uma sociedade critica e sagaz, para que isso aconteça educação precisa ser prioridade, critica, contestadora e dialógica.