Foto: Freepik
Conhecer as despesas e adotar estratégias para administrá-las é uma forma de evitar conflitos e manter o bem-estar.
Mais de 2,4 milhões de estudantes brasileiros realizaram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) este ano, conforme informações do Ministério da Educação (MEC). Em busca de uma vaga em instituições de ensino superior, os aprovados podem estar prestes a viver muitas mudanças a partir de 2023.
Entrar para a faculdade, muitas vezes, também significa mudar de cidade ou até mesmo de estado. Neste processo, os jovens vivem a experiência de morar sozinho ou em uma república. A segunda opção pode ser mais vantajosa financeiramente, desde que todos os moradores estejam comprometidos com as despesas.
Para isso, é importante que todos tenham o conhecimento sobre quais os custos de morar numa república. Em geral, as despesas fixas são o aluguel, a energia elétrica e a internet. Caso a república seja instalada em um apartamento, há a cobrança de condomínio, que muitas vezes já inclui o gasto com a água. Se a moradia for num imóvel tipo casa, os moradores recebem a conta de água separadamente.
A despesa com alimentação varia de acordo com a rotina dos moradores. Nas repúblicas em que os jovens têm o hábito de cozinhar e realizar as refeições em casa, é possível fazer compras mensais ou semanais no supermercado e ratear os custos com gás de cozinha.
Quando os estudantes almoçam e jantam nas universidades, é comum a realização de compras individuais no supermercado apenas para lanches e refeições durante o final de semana.
A realização das tarefas domésticas também é um assunto a ser conversado. Em alguns casos, pode haver uma divisão de afazeres entre os moradores. Em outros, o grupo pode optar pela contratação semanal ou quinzenal de uma faxineira, o que significa mais um valor a ser administrado.
Como administrar financeiramente a república?
A vida numa república estudantil vem acompanhada de boletos. Por isso, é aconselhável reunir uma quantidade de moradores que permita a divisão de custos, sem prejudicar o bem-estar na moradia.
A administração financeira das despesas deve ocorrer de forma simples e transparente para que não prejudique a convivência. Para isso, uma dica é criar uma conta conjunta digital. Diferente do modelo tradicional, ela é uma conta compartilhada que permite os usuários realizarem movimentações financeiras, mantendo seus saldos individuais.
Para quem tem iPhone, basta baixar o aplicativo de conta conjunta para iOS gratuitamente na App Store. Após o cadastro, o administrador envia o convite para que outras pessoas possam participar.
O convite é recebido por e-mail, e o convidado faz o download gratuito. Depois disso, ele está apto para usar a ferramenta. Não há cobranças de taxas para as movimentações. É válido lembrar que há a versão do app de conta conjunta para Android.
Os integrantes da conta transferem valores para os seus saldos individuais e, a partir de então, é possível contribuir para o pagamento das despesas. Todos têm visibilidade sobre a movimentação financeira, incluindo quem pagou ou não a sua parte.
Além de facilitar os cálculos para a divisão dos custos, o modelo de conta digital compartilhada dá maior transparência para a administração financeira da república.
Dicas para a boa convivência
E não são apenas as questões financeiras que podem interferir na convivência entre os jovens moradores de uma república. Por isso, é aconselhável estabelecer algumas regras.
Há moradias que criam uma espécie de “manual de boas maneiras” ou “código de conduta” para que os futuros moradores estejam cientes do que pode e o que não pode antes de se mudarem.
Estabelecer horários e a lei do silêncio é necessário para evitar a importunação não só dos colegas com quem se divide a casa, como também dos vizinhos. Etiquetar os pertences é outro cuidado indicado para evitar perdas e conflitos por trocas de objetos.
Respeitar a privacidade de todos é outro ponto de atenção. Por isso, também é importante avisar com antecedência sobre a chegada de visitas. Por fim, a boa convivência depende do compromisso com os acordos combinados, seja em relação à divisão de tarefas, ao pagamento das despesas ou às regras de convivência.