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NoosferoKa

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De gratidão, compromisso e transformação

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Tantas e tantas coisas aconteceram no último ano… algumas foram típicas “coisas da ka”, outras nem tanto. E agora, depois de quatro anos, venci a etapa da tese e logo em seguida, fiz aniversário!

Recebi tantas felicitações e cada uma delas foi combustível para meu motorzinho cansado [licença para visão mecanicista… kkkkkkk]. Essas expressões de carinho me impulsionam!

Especialmente nesses últimos meses, tive alegrias e sofrimentos. Magoei e fui magoada. Me enganei, desenganei, e com muita luta, remédio e terapia, desencanei.

Não era o final do mundo, afinal, tudo é parte da vida.

Aprendi que as maiores lutas que travamos são conosco, por isso, é preciso atenção para não sermos nossos próprios inimigos.

Amizades novas, amizades desfeitas. Ansiedade e impaciência por todos os lados e ao mesmo tempo eu era uma ilha cercada de compreensão e amor.

Então, é disso que quero falar:

Quero falar da GRATIDÃO que me faz reconhecer cada gesto de afeto e cada auxílio que recebi. Tenho certeza de que recebi muito mais do que dei e o melhor que fiz pode ser melhorado. Seja através de palavras, de sorrisos, abraços e conselhos, ou de revisões textuais, de produções técnicas especializadas, empréstimos de grana, de tempo, empréstimo de ombros amigos eu recebi muito amor. Por isso, preciso falar de DOAÇÃO, porque de tudo que recebi, quase nada me foi exigido em troca. Eu recebi tanta gratidão, tanta doação de tantas coisas imponderáveis que nem sei se um dia poderei compensar ou retribuir à altura.

E na finalização dessa caminhada de quatro anos, quero também falar sobre PERDÃO. Não falo de perdão como ato abnegado e de sofrimento, mas como uma escolha refletida, consciente e amorosa. Perdão não leva ao esquecimento, mas ajuda a seguir em frente porque nos reconecta com o conhecimento sobre nós mesmos e com a confiança nas pessoas que estão a nossa volta. O perdão nos transforma!

O que posso fazer, então, tem a ver com COMPROMISSO pois quero ser cada vez mais merecedora de todo o amor e confiança que recebi de cada pessoa que acreditou em mim.

Eternamente grata!



IndignEDUcação – Um pedido de ajuda

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Práxis Vivida

Desde 25 anos atrás, quando escolhi a área de educação, eu me pergunto sobre como posso contribuir para tornar o ensinar e o aprender mais prazerosos e efetivos.

Encontrei nas tecnologias essa possibilidade. Meus conhecimentos nessa área abriram as portas da Educação Indígena, da Educação de Jovens e Adultos, da Alfabetização e Letramento, da Literatura, da Educação Infantil. Assim, fui ao outro lado do mundo, Timor-Leste, sempre me perguntando sobre como posso contribuir para tornar o ensinar e o aprender mais prazerosos e efetivos.

Durante essa jornada, conheci gente maravilhosa com as quais aprendi muito. O que tinham em comum?  Um desejo de investir na Educação como UM dos caminhos de superação de superação da desigualdade e uma preocupação legítima e genuína com as pessoas que possuiam seus direitos desrespeitados.

Nesse interim, ouvi  histórias de exterminíos étnicos, mortes por conflitos de terras, mulheres que saiam escondidas do marido para ir…

Ver o post original 707 mais palavras



Ser ou não ser FISL?

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No período de 13 a 16 de julho de 2016, tive a felicidade de palestrar no FISL17 – 17º Festival de Software Livre no qual apresentei um pouco sobre o “Crianças Hackers: crianças e adultos aprendendo juntos“. Já estava bastante animada quando, poucos dias antes de pousar em terras gaúchas, fui comunicada que poderia  mostrar, também, um pouco dos meus estudos de doutorado através da palestra “Iguais e diferentes: um pouco dos hackerspaces brasileiros”.

Se eu já estava animada com a oportunidade de discutir o Crianças Hackers com pessoas de outros locais do país, fiquei ainda mais feliz e desafiada. Essa boa surpresa foi possível porque o FISL é um encontro que preza pela colaboração em sua preparação e para tanto, a Associação de Software Livre (ASL) organizadora do  Festival, promove o uso de tecnologias que favoreçam a interação entre as pessoas, em diversas instâncias, agilizando parte do processo de decisão.

Sob mediação do atencioso Paulo Santana, foi criado um grupo de palestrantes no Telegram dias antes do evento. Nesse grupo, começamos a conversar sobre o Festival e sobre a cidade de Porto Alegre, trocamos opiniões e inquietações. Havia palestrantes de primeira viagem que falavam sobre aquele  “frio na barriga”, comum em momentos de ansiedade, e havia outros, como eu, que reclamavam do frio do inverno Porto Alegrense (meus dedinhos ficaram gelados!). E foi ali, nesse espaço virtual do mensageiro instanêo, que fomos convidados a contribir para que não houvesse lacunas na programação, no caso de algum palestrante não conseguir participar do evento conforme previsto. Assim, várias pessoas apresentaram propostas extras, mostrando o desejo de socializar experiências e de partilhar conhecimentos.

Outro software de interação usado durante o evento foi o Makadu. O Makadu é um aplicativo versátil, uma plataforma para eventos múltiplos que permite a consulta da programação de cada um deles, o envio de perguntas aos palestrantes e a avaliação das palestras assistidas.

As palestras eram organizadas em uma área pública e uma área restrita. A área restrita, organizada em grandes e confortáveis auditórios com capacidade para 250 a 350  pessoas,  só poderia ser acessada mediante inscrição paga, à exceção da sala Paulo Freire, que era aberta a visitantes. Contudo, destaco que as palestras de todas as salas foram transmitidas via internet.

Já a área pública se assemelhava à uma feira livre, com palcos abertos, laboratórios de tecnologias  livres, quiosques de grandes empresas ou e de pequenos empreendedores criativos, áreas destinadas às comunidades, cercada de puffs, bancos, sofás e tapetes, dispostos de forma a acolher corpos cansados ou grupos afim de conversar. Havia também uma área dedicada ao FISLinho, espaço dedicado às crianças, cuja organização foi sob responsabilidade da turma do Boquinha.

O album de fotos mostra atividades realizadas nesses espaços.

No espaço Comunidades participei do “ELLAs Debatem: Hackerfeminismo & o Empoderamento Tecnologico | No FISL”, uma provocante roda de conversa, organizada na metodologia fishbowl sob mediação da colega Branca. Tenho horror do conceito de empoderamento (especialmente quando dizem que vem de Paulo Freire – preciso fazer uma postagem só sobre isso!), mas a roda de conversa foi muito proveitosa e necessária, pois demarcou alguns espaço de luta cotidiana que enfrentamos devido à educação sexista naturalizada em nossa sociedade. Chorei com alguns depoimentos que prefiro não detalhar agora, basta dizer que ainda me espanto com as violências veladas que sufocam a vida.

Em um texto de Rafael Evangelista (2014), aprendi que o Fisl tem um formato hibrido que “mistura feira de negócios e exposições, congresso científico e fórum político de debates”, sendo originado pela articulação de servidores e gestores da empresa estatual Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs)e que seu fortalecimento esteve ligado ao apoio recebido de governos de esquerda.

A 17ª edição  foi meu primeiro FISL e achei tudo muito grandioso e organizado (veja aqui os numeros do Fils17). Porém, ouvi dizer que o FISL17 encontro era um reflexo da crise financeira e política de nosso país, se comparado com as edições anteriores. Faltaram investidores, a verba estava escassa, os custos altos, as incertezas muitas.  Ali, conheci pessoas que estavam desde a primeira edição. Pelo que entendi, o Fisl foi se tornando cada vez maior e grandioso, inclusive com a presença do ícone  Richard Stallman, um dos maiores defensores das quatro liberdades do software livre e  criador da General Public Licence (GPL) que garante domínio público para o software produzido sob essa licença.

Como faz parte da produção humana, o crescimento do Fisl gerou contradições, como problematizado no  Manifesto contra a pseudociência no FISL 16  e  Quem paga pela pseudociência no FISL? , textos de André Machado. Pelos corredores, ouvi ainda comentários de que o encontro estava se tornando extremamente mercadológico, afastando-se de sua filosofia original. Talvez eu esteja enganada mas, nesse sentido, a atual crise política e econômica pareceu impor à ASL um repensar de rumo para continuidade do evento, evidenciando a necessidade de investir em captar novos associados, reduzindo a dependência de verbas governamentais.

Agora, escrevendo esse breve relato, estou me dando conta de o desafio a ser encarado é cada vez maior. O FISL está entre o maiores eventos de software livre do mundo e espelha a história do Brasil em relação ao movimento do Software Livre. Havendo diminuição do investimento de verbas públicas, como esse encontro poderá se sustentar de modo coerente? Um festival tão versátil e abragente como esse (veja aqui os numeros do Fisl17) certamente é assediado – discretamente ou não – por grandes coorporações tecnológicas que não prezam muito pelas quatro liberdades  que nós defendemos.

Ser ou não ser FISL, eis a questão… bem, farei a minha parte: mesmo sabendo que minha parca contribuição anual não é suficiente para resolver todos os problemas, vou me associar à ASL. Essa é minha humilde e esperançosa contribuição.

Quem mais vem?

28060849570_d457151d6a_zFoto: Alexandre A. Kupac

(Não falei aqui do Grupo de Trabalho Educação do FISL, grupo do qual me aproximei por sugestão do Prof. Nelson Pretto e no qual encontrei pessoas incríveis… e também guardei a minha ida ao CESMAR (Colégio Marista), ao lado de Leo, Salete e Dan Basco, mas teremos tempo. Esse foi SÓ o meu primeiro FISL)



Encontros e reencontros na 68ª SBPC

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O congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência é um importante encontro de pesquisadores, empresários, cientistas, estudantes, professores e sociedade civil em torno de temáticas relativas à ciência e tecnologia no nosso país.

Tive a oportunidade de ir à 68ª reunião da SBPC, em Porto Seguro/Bahia, para representar o Raul Hacker Club, coletivo “culturotecno” do qual faço parte. Em companhia da amiga Jaguaraci Ramos, apresentamos algumas atividades do projeto Crianças Hackers na área conhecida como SBPC Jovem. Foi muito gratificante partilhar com professores, estudantes, crianças, mães, pais, pesquisadores e curiosos, um pouquinho do que fazemos para promover a aproximação de crianças de diversas idades aos saberes relacionados às tecnologias. Uma pena que, tendo ido às próprias custas, não ficamos mais que dois dias.

Contudo, tentamos aproveitar ao máximo a nossa curta estadia. Atravessamos de balsa para distrito de Arraial D’Ajuda,   onde (re)conhecemos o Regis, fundador do primeiro hackerpace do Brasil, o Bailux. O Bailux, criado em meados de 2005, já não possui uma sede centralizada, pois persiste nas ações de seus muitos parceiros. Um belo relato sobre o “estado” Bailux foi feito por Luciana Fleishman em Cultivando labs no Bailux.

Dentre esses parceiros, está a Casa Tapuia, a morada-experiência-viva de Lúcia Porto e família. Um lindo lugar de acolhimento e de experimentações de sustentabilidade, cercada de artes humanas e artes naturais. Por todos os lados, esculturas de autoria do artista plástico Rizzo, dispersas em cada canto da morada, desvelando fases de criação bastante singulares. Formas humanas erigidas em ferro e cimento sinalizam belezas das relações humanas, a aproximação com os bichos e a presença das tecnologias. Internamente, a casa, exibe na sua rústicidade a complexidade das coisas simples. Ali encontramos pisos feitos à mão, cravados de formas geométricas e bolinhas de gude, além de variadas obras de arte de artistas da região.

Na cozinha, o fogão a lenha divide espaço com o fogão à gás. Nos alimentamos de pão caseiro, feito com produtos da própria horta. Lúcia, que é arquiteta de formação, se tornou  uma arquiteta da vida colocando seus pés em diversas áreas. Lúcia Porto é uma centopéia criativa, com pés na permabultura, com suas hortas e tetos verdes; na gastrônomia, com suas comidas orgânicas e inventivas, na química, mostrando-nos desodorantes caseiros que produz para uso pessoal; na hospedagem solidária, com a recepção afetuosa de pessoas que mal conhece, como eu e Jaguaraci. Na verdade, essa hospedagem foi muito mais que solidária. Jaguaraci e eu fomos convidadas a conhecer Malu e Pente e família, que são vizinhos e amigos. Caldinho de feijão, carne de sol, um papo muito interessante, em volta de uma gostosa fogueira. Ali fizemos uma foto inaugural do que chamei de clube de amigos do Regis, encontro que foi potencializado pelo movimento bailux.

Para saber mais sobre a Casa Tapuia, essa é uma bela postagem Alinhando sonhos no Bailux

Outro grupo parceiro Bailux mantém a Varanda Cultural Pataxó, local que não pudemos visitar dessa vez, diante da correria (ver mais em A VARANDA CULTURAL E PINTURAS). Porém, na busca pelos interlocutores locais, troquei um rápido olhar com Arnã, Pataxó de Aldeia Velha em Arraial D´Ajuda,  com quem espero me encontrar em breve para aprender sobre tecnologias e saberes tradicionais. Segui para a SBPC Indígena, área destinada à discussão de temáticas relativas à ciência e aos direitos indígenas. Ali, no conjunto de auditórios Kijeme, construídos especialmente para sediar a SBPC Indígena, tive a grata surpresa de encontrar o Prof. Ubiraci Pataxó que, pacientemente, fez uma pintura com pigmentos de genipapo e carvão no meu braço direito. Fiquei muito emocionada. Tanto que não fiz esforço para segurar as lágrimas.

A SBPC Indígena foi registrada em vídeo com  edição do colega Aquilino Paiva, de Itabuna.

A cada traço, eu me lembrava dos momentos vividos na Educação Indígena, durante os tempos de graduação, ao lado da Profa. Ana Gomes, Henrique Gerken, Macaé Evaristo, Verônica Mendes, Augusta, Patrícia Moulin, dos colegas Maria (que hoje é do grupo “mães de Ians”), Silvia Amélia, Wilder, Carlos, dos  professores Indígenas  que nos recebiam em suas escolas, e das pessoas amigas nas áreas Pataxó e Xacriabá que nos recebiam com muito cuidado e carinho.

Nessas vivências passadas se constituiram as bases da vida presente. Felizmente, as pessoas com quem convivi me ensinaram o valor da solidariedade, do respeito à vida, à diversidade e à diferença. Me ensinaram que não sou melhor que ninguém, mas posso fazer o meu melhor pelo outro. Então, dei minha melhor vaia contra o Ministro do governo golpista, e minha voz em uníssono com todos aqueles que se posicionam contra essa artimanha politiqueira, está registrada na net, como mostrado no vídeo abaixo.

Abracei o Prof. Mario Costa, assisti à mesa de debates MOBILIZAÇÃO DA JUVENTUDE E REDES SOCIAIS, com a presença de Fábio Maline, Andréa Lapa e Maria da Glória Ghon (cujos apontamentos são angulares e inspiradores), sob coordenação do Prof. Nelson Pretto, que aliás, tem uma postagem com vários acontecidos na SBPC. Leia clicando aqui!

Ao final de dois dias, fomos embora, Jaguaraci e eu, nos despedindo ao som de músicas afro, na programação da SBPC Cultural coordenada pelo amado prof. Sérgio Faria.

Se fiz tudo que queria? Não! Vou voltar! Quero e preciso Bailuxzar um pouco mais por aquelas bandas da nossa Bahia…



Estatísticas do blog 2015

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Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2015 deste blog.

Aqui está um resumo:

Um comboio do metrô de Nova Iorque transporta 1.200 pessoas. Este blog foi visitado cerca de 5.800 vezes em 2015. Se fosse um comboio, eram precisas 5 viagens para que toda gente o visitasse.

Clique aqui para ver o relatório completo