As diferenças globais entre gêneros vêm sendo alvo de inúmeras discussões, pesquisas e ações. De acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial, não há paridade entre homens e mulheres no que diz respeito à participação e oportunidade econômica, educação, capacitação política e saúde e sobrevivência. Esse resultado se repete tanto globalmente quanto nacionalmente, desde o primeiro relatório anual publicado em 2006.
O gap de gênero estende-se à área de Computação, com características peculiares. Nos EUA, por exemplo, a participação de mulheres em computação vem caindo nas últimas décadas, as mulheres lá ocupam 25% do mercado de tecnologia. No Brasil, as mulheres ocupam 20%. Por outro lado, a Computação nunca foi tão importante economicamente como é hoje, na chamada Economia Digital. Como construir o futuro digital com tamanha inequidade de gênero no setor? Além disso, a própria conceituação de gênero de forma binária limita as discussões e inclusão de todas as pessoas com enorme potencial na área.
Este painel trouxe representantes de diversas áreas de conhecimento relacionadas às questões de gênero na Computação, com o objetivo principal de ampliar o conhecimento dos participantes no tema e refletir sobre os problemas da área. A universidade tem papel importante na linha de vida feminina e vamos discutir iniciativas existentes (e também as possíveis) desde o 1º e 2º graus, na própria universidade, nas empresas, em ONGs e no governo.
O painel foi realizado no 43º Seminário de Computação da Universidade, evento base do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação.
Fonte: http://csbc2017.mackenzie.br/eventos/43-secomu
Painelistas: Profa. Dra. Claudia Melo (UnB e Mulheres na Tecnologia), Prof. Dr. Cristiano Maciel (UFMT e Meninas Digitais), Profa. Dra. Debora Abdalla (UFBA e Onda Digital), Gabriela Mattos (PyLadies São Carlos e Women@Comp), Gabriele Garcia (Co-founder Think Twice)