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[A Rede] Florianópolis capacita cem professores e introduz o rádio como recurso didático
ARede nº53 novembro 2009 - No final de outubro, foi ao ar o primeiro programa de rádio da estação E Já, produzido pelos alunos e professores do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos da Prefeitura Municipal de Florianópolis. Com o lançamento amplamente divulgado na mídia, o trabalho é de autoria dos próprios alunos e envolve muitas pesquisas em jornais, revistas e internet. Além de promover o aprendizado da leitura, interpretação e escrita, o projeto cria um espaço para alunos, professores e comunidade discutirem idéias e se posicionarem sobre diferentes assuntos da atualidade.
A estação E Já faz parte do projeto Rádio na Escola que, com três anos de atividade, já capacitou cem docentes em nove instituições de ensino fundamental e médio da rede pública da cidade. “Achei muito legal nossa primeira gravação” escreveu, no site da emissora, o aluno Diego de Oliveira, participante da rádio E Já. “Não vejo a hora de fazer o próximo programa.” A ideia de usar a mídia rádio como um canal para a construção de conhecimento, priorizando o trabalho de autoria dos alunos resultou no projeto Rádio na Escola, desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) da Secretaria de Educação da Prefeitura de Florianópolis.
A assessora pedagógica do NTE e responsável pelo projeto Rádio na Escola, Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer, não se surpreende: ela garante que, em três anos de atividade, o projeto conquistou todos os estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental nas escolas beneficiadas, além dos participantes do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos.
Com 40 horas de treinamento, os cursos de formação de docentes costumam analisar as funções, características e objetivos da mídia na sociedade. Nessas sessões, são discutidos temas referentes ao uso pedagógico da mídia e formas da linguagem jornalística utilizada pelas emissoras de rádio. Recentemente, foram convidados alguns jornalistas especializados para conversar sobre a profissão e se estabeleceram parcerias entre rádios comunitárias e escolas da região. O próximo passo será produzir uma rádio online.
“Trata-se de um exercício importante para o desenvolvimento da autonomia e a construção da cidadania”, explica Suleica, do NTE. Tudo começou quando o núcleo detectou a importância do rádio entre jovens e adolescentes da região e propôs adaptar para o rádio o conteúdo programático abordado pelos professores em sala de aula, respeitando as peculiaridades de cada unidade escolar.
As rádios nascem a partir do interesse de dois ou mais professores, que passam a ter a assessoria do NTE no desenvolvimento de sua formação teórica e prática, até o momento em que o grupo escolar achar necessário. Depois da implantação dos projetos, o NTE continua prestando assessoria aos professores e gestores das escolas, esclarecendo as dúvidas e propondo novas metodologias.
Além da programação que vai ao ar, cabe aos alunos organizar o projeto dentro de suas instituições de ensino e promover seu alinhamento com a comunidade. As definições do conteúdo, temas e vinhetas são frutos da interação da equipe. No entanto, as funções de marcar entrevistas, selecionar as músicas, apurar as informações, gravar, editar e divulgar os programas na escola e na comunidade fazem parte das tarefas dos alunos.
Nem sempre essas atribuições são realizadas com a desenvoltura necessária. Os participantes reconhecem e buscam superar suas limitações, de forma leve e prazerosa, com o apoio dos professores. O tom da voz e a maneira como falam durante a gravação, por exemplo, muitas vezes os incomodam e, na maioria dos casos, acabam refazendo os programas inúmeras vezes, até alcançarem o padrão de qualidade desejado. Além do desenvolvimento de habilidades em pesquisa, apuração e produção de texto, o projeto permite aos alunos conquistar visibilidade na região em que atuam, pois começam a ser percebidos como os responsáveis pela rádio. Isso contribui para melhorar a autoestima, especialmente de alunos que não apresentam um bom desempenho em sala de aula.
Os programas costumam ser transmitidos em alguns colégios, durante o período de recreio ou, ao vivo, na cobertura de algum evento importante. Apenas poucas escolas investiram na criação de um pequeno estúdio ou na compra de uma simples caixa de som. Em geral são aproveitados o ambiente e os computadores já existentes nas salas informatizadas, que contam em média com 20 equipamentos. Os programas são gravados em microfones dos próprios computadores, o áudio é editado pelo software livre Audacity e a difusão é por podcast e em websites. A maioria dos temas abordados são pesquisados e divulgados pela internet. Para promover a interação com a comunidade, os alunos lançam mão de blogs e wikis, onde são apresentados pesquisas, fotos e vídeos e onde se avaliam as percepções, críticas e sugestões dos ouvintes.
http://www.pmf.sc.gov.br/nte/radio.html