Os REA colocam em cheque a logica acumulativa que rege a contemporaneidade. Praticar o colaboracionismo e incentivar a cultura hacker num sistema que objetiva o lucro acima de tudo, parece um sonho. O mundo seria mais frio sem os sonhos, Araújo (2001, p. 8) nos lembra que:
a informação não é um objetivo em si mesmo. Ela é um instrumento que pode auxiliar o sujeito social em suas questões. Assim, a informação é um meio e como tal só poderá atingir seu potencial transformador de estruturas (individuais e sociais) através de processos de reapropriação ou de agregação de valor.
Prometeu roubou o fogo dos deuses para que a humanidade não morresse de frio, o objetivo não era simplesmente roubar, mas sim evitar que o mundo morresse. Quanto conhecimento é retido por pessoas que têm apenas dinheiro? Vale a pena conservar patentes e direitos autorais quando a humanidade está em perigo? Vale a pena manter o fogo nas mãos dos deuses?
ARAÚJO, Eliany Alvarenga de. A Construção Social da Informação: dinâmicas e
contextos. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 2,
- 5, out. 2001. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/out01/Art_03.htm>. Acesso
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- SILVA, Daniela do Nascimento. Recursos Educacionais Abertos como fontes de informação. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, v. 20, n. 44, p. 59-72, set./dez., 2015.
- BORGES, Flavio Ferreira; TEIXEIRA, Janaína Angelina; ACEDO, Sara Osuna. Uso de repositórios de recursos educacionais abertos nas práticas pedagógicas: uma revisão sistemática. Revista Latinoamericana de Tecnología Educativa, Vol. 19, N. 2 (2020)
- BONILLA, Maria Helena Silveira; PRETTO, Nelson De Luca. Movimentos colaborativos, tecnologias digitais e educação. Em Aberto, Brasília, v. 28, n. 94, p. 23-40, jul./dez. 2015.