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Como identificar uma Fake News

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Você sabe o que é uma fake news?

A tradução desse termo significa "notícia falsa" e sua atribuição refere-se à propagação de notícias falsas ou imprecisas, boatos e, em geral, conteúdos enganosos.

Com a popularização da internet, das redes sociais e dos aplicativos de mensagens instantâneas, as informações tornam-se virais em questão de segundos. Os veículos de comunicação e os usuários tendem a seguir algum tipo de direcionamento político, cultural, religioso, social ou econômico, afinal, sabemos que todo texto tem uma intencionalidade. Sendo assim, alguns usuários e veículos mal intencionados têm o propósito de excluir, adulterar ou ocultar as informações, adotando a estratégia da propagação das fake news para distorcer a realidade, a fim de favorecer determinados segmentos.

As fake news costumam apresentar manchetes sensasionalistas, muitas vezes empregadas para atrair e convencer o usuário à clicar e compartilhar esse conteúdo, independentemente da sua veracidade. Informações falsas, ao serem repetidas constantemente, podem ser interpretadas como verídicas pelo público, causando danos a instituições, violando a democracia, prejudicando reputações e reforçando preconceitos e intolerância.

O impacto causado pelas fake news

Notícias falsas estão sendo apontadas pelo Ministério da Saúde como um dos motivos da queda de números relacionados à imunização no Brasil. Em 2018, por exemplo, a circulação de fake news, em tom alarmante e de denúncia, influenciou na vacinação contra a febre amarela (leia mais). Nas redes sociais foram compartilhadas informações, sem nenhum embasamento científico, de que a dose integral da vacina seria perigosa. Para desmentir esse e outros boatos, o Ministério da Saúde criou um site para analisar as notícias falsas.

Veja o vídeo da campanha do Ministério da Saúde contra as fake news:

 
Clique para conhecer outros casos:
 
 

 
Elpaistrump


 

 

NewsREC: Avalie a sua interação com as notícias:

O experimento do doutorando em computação da UFRGS, Gabriel Machado Lunardi, trabalha com algoritmos de diversificação de recomendações de notícias e como esses algoritmos criam bolhas de filtro e auxiliam a disseminar fake news.

As bolhas de filtro são criadas por um algoritmo de recomendação quando são mostrados mais conteúdos que gostaríamos de ver, tendendo sempre a mostrar notícias similares às consumidas no passado, limitando a apresentação de outros conteúdos que também poderiam ser de interesse do usuário. Uma das consequências disso é a criação de um ambiente propício para a propagação de fake news.

Durante o experimento será exibido um feed de notícias que apresentará notícias (falsas e verdadeiras) sobre as Eleições de 2018 para que você interaja, ou não, com um "Gostei" ou "Não gostei" (lendo o conteúdo ou ignorando os que você não tem interesse). Ao final você receberá as estatísticas referentes às suas interações com as notícias, assim como a estatística geral dos outros usuários que participaram. Acesse o site do experimento para obter mais informações e participar:

Experimento bolhas de filtro, recomendação de notícias e fake news

Como evitar?

A apuração incompleta das mensagens e informações recebidas costumam ocasionar no compartilhamento de inverdades, trazendo graves consequências. Antes de compartilhar uma informação, assegure-se de que tenha fontes seguras. Existem alguns sites que fazem a verificação de notícias: Aos Fatos, Agência Lupa, E-farsas, Boatos.org, Truco, Fato ou Fake. É imprescindível o esforço contínuo e coletivo de análise das informações e checagem dos dados que são divulgados nos meios de comunicação.

Clique aqui para acessar a playlist "Como sobreviver nas redes sociais" do canal DW Brasil no YouTube

Elaboramos um diagrama com cinco passos para identificar uma notícia falsa:

ImagemfakenewsClique aqui para baixar a imagem

 


 

Ei, Professor!

Você sabia que na internet estão disponíveis planos de aula, conteúdos e atividades para ajudar o letramento informacional em sala de aula? Clique para saber mais:

Jogo gratuito transforma alunos de ensino médio em checadores

Aos Fatos | Manuais

 


 

BÔNUS: Jogos

Conheça alguns jogos que te ajudarão a entender mais sobre fake news!

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Bad News (em inglês) Clique para saber mais sobre o jogo

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Você tem alguma sugestão para esse artigo? Algum relato importante? Escreva nos comentários!

 

Amarelo

 

 



O Ranking dos Mais Pacíficos

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O Institute for Economics and Peace publicou seu Relatório deste ano que classifica os países em um Ranking dos Mais Pacíficos.

Aqui o Mapa Interativo:


 
  

Aqui o estudo completo:
 
Portugal entre os 10 mais pacíficos, ocupa a quinta posição.
Brasil na posição 105 entre 163 países estudados.


Brasil: uma biografia

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O  livro 


alia texto acessível e agradável, vasta documentação original e rica iconografia, Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling propõem uma nova (e pouco convencional) história do Brasil.

Nessa travessia de mais de quinhentos anos, se debruçam não somente sobre a “grande história” mas também sobre o cotidiano, a expressão artística e a cultura, as minorias, os ciclos econômicos e os conflitos sociais (muitas vezes subvertendo as datas e os eventos consagrados pela tradição). No fundo da cena, mantêm ainda diálogo constante com aqueles autores que, antes delas, se lançaram na difícil empreitada de tentar interpretar ou, pelo menos, entender o Brasil.
A história que surge nas páginas deste livro é a de um longo processo de embates e avanços sociais inconclusos, em que a construção falhada da cidadania, a herança contraditória da mestiçagem e a violência aparecem como traços persistentes. (Fonte: http://www.companhiadasletras.com.br/)

Vale a pena ver também

 



Brasil Colonial

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Descobrimento do Brasil

Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil. 

Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil. 

A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela  Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária (370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.

Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

 

Bibliografia Indicada:  

Relatos do Descobrimento do Brasil - as primeiras reportagens ( Coleção estudos e documentos)

Autor: Guirado, Maria Cecília

Editora: Instituto Piaget (Portugal)

Temas: História do Brasil

 

Capitanias Hereditarias

As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). 

Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária). 

Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). 

O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas. 

O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal. 

Capitanias Hereditárias criadas no século XVI: 

Capitania do Maranhão 

Capitania do Ceará 

Capitania do Rio Grande 

Capitania de Itamaracá 

Capitania de Pernambuco 

Capitania da Baía de Todos os Santos 

Capitania de Ilhéus 

Capitania de Porto Seguro 

Capitania do Espírito Santo 

Capitania de São Tomé 

Capitania de São Vicente 

Capitania de Santo Amaro 

Capitania de Santana

 

Bibliografia Indicada: 

Verdadeira História das Capitanias Hereditárias

Autor: Carvalho, José Baptista de

Editora: Multimapas

Temas: História do Brasil

 

 Brasil Pré-Colonial

É chamado de pré-colonial o período da história do Brasil entre os anos de 1500 a 1530. Este nome é devido ao fato de que nestes 30 anos não houve colonização portuguesa no Brasil. Da chegada dos portugueses ao Brasil (1500) até a vinda da primeira expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza (1531), o Brasil recebeu expedições portuguesas voltadas para a exploração do pau-brasil, defesa e reconhecimento territorial. 

Principais características do Brasil Pré-Colonial: 

- Neste período o Brasil era habitado por diversas nações indígenas. Pesquisadores calculam que havia de 3 a 4 milhões de indígenas no Brasil em 1500. 

- Os portugueses enviaram, neste período ao Brasil, expedições guarda-costas e de reconhecimento territorial. 

- As expedições de reconhecimento tinham como objetivo principal encontrar metais preciosos, principalmente ouro. 

- Não houve interesse por parte da coroa portuguesa, nestes 30 anos, de colonizar o Brasil. 

- Os portugueses construíram, neste período, diversas feitorias no litoral. Estas tinham como função armazenar madeira (pau-brasil), facilitando o transporte para as caravelas. 

- Os portugueses usaram mão-de-obra indígena na exploração do pau-brasil. Em troca de espelhos, chocalhos, facas e outras bugigangas, os índios eram convencidos a trabalharem no corte e carregamento do pau-brasil para os navios. Esta troca de trabalho por objetos é conhecida como escambo. 

- A exploração do pau-brasil, principal atividade econômica desta época, era monopólio da coroa portuguesa. Esta podia conceder a exploração à particulares em troca do pagamento de 1/5 da madeira extraída. 

- Nestes 30 anos de exploração do pau-brasil, houve devastação de grande parte da vegetação litorânea nativa. O pau-brasil foi praticamente eliminado das matas entre o litoral do Rio de Janeiro até o do Rio Grande do Norte. 

- Neste período houve contrabando de pau-brasil praticado por europeus, principalmente franceses. A coroa portuguesa precisou enviar ao Brasil expedições de caráter militar para proteger a costa brasileira. Cristóvão Jacques comandou uma das principais expedições deste tipo, entre os anos de 1516 a 1526. 

Em 1530, o rei de Portugal D. João III resolveu dar início a colonização do Brasil, fixando pessoas no território colonial. A diminuição dos lucros com a exploração do pau-brasil e as constantes presenças de estrangeiros no litoral brasileiro preocupou o monarca português. 

A primeira expedição colonizadora, chefiada por Martin Afonso de Souza, partiu de Portugal em dezembro de 1500 e chegou ao Brasil no começo de 1531. Com cerca de 400 homens, a expedição tinha como objetivo principal dar início a colonização do Brasil. Martin Afonso de Souza distribuiu lotes de terras (sesmarias) e deu início ao plantio da cana-de-açúcar ao criar o primeiro engenho. 

Bibliografia indicada: 

- Formação do Brasil Colonial - Pré-capitalismo e capitalismo

Autor: Hirano, Sedi

Editora: Edusp

Temas: História do Brasil, Período Pré-Colonial

 

Escravidão no Brasil Colônial


A escravidão começou no Brasil no século XVI. Os colonos portugueses começaram escravizando os índios, porém a oposição dos religiosos dificultou esta prática. Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste. Os escravos também trabalharam nas minas de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII. Tanto nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as tarefas mais duras, difíceis e perigosas.

A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e escuro) e recebiam castigos físicos. O transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que apresentavam péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem. Os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem mercadorias. Os escravos não podiam praticar sua religião de origem africana, nem seguir sua cultura. Porém, muitos praticavam a religião de forma escondida. As mulheres também foram escravizadas e executavam, principalmente, atividades domésticas. Os filhos de escravos também tinham que trabalhar por volta dos 8 anos de idade. 

Muitos escravos lutaram contra esta situação injusta e desumana. Ocorreram revoltas em muitas fazendas. Muitos escravos também fugiram e formaram quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura. A escravidão só acabou no Brasil no ano de 1888, após a decretação da Lei Áurea.

Bibliografia Indicada: 

A força da escravidão - ilegalidade e costume no Brasil Oitocentista

Autor: Chalhoub, Sidney

Editora: Companhia das Letras 

Temas: História do Brasil

 

Revoltas Nativistas no Brasil Colônial

As revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa principal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela coroa portuguesa. Ocorreram entre o final do século XVII e início do XVIII. A maior parte destas revoltas foi reprimida com violência pela coroa portuguesa, como forma de controlar seu domínio sobre a colônia brasileira. 

Principais causas:

- Monopólio português do comércio de mercadorias. 

- Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses. 

- Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes. 

- Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses. 

- Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro realizada pelos colonos brasileiros. 

- Exploração colonial praticada por Portugal. 

- Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil. 

Principais revoltas nativistas:

Revolta de Beckman 

Ocorreu no Maranhão em 1684. Liderada por Manuel Beckman, teve como causa principal a falta de mão-de-obra escrava e o desabastecimento e altos preços das mercadorias comercializadas pela Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, criada pela coroa portuguesa em 1682. 

Guerra dos Emboabas 

Ocorreu em Minas Gerais entre os anos de 1708 e 1709. Os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na exploração das minas de ouro descobertas por eles. Porém, portugueses e colonos de outros estados (chamados de emboabas pelos paulistas) também queriam o direito de exploração. O conflito ocorreu pela disputa de exploração do ouro entre estes dois grupos. 

Guerra dos Mascates 

Ocorreu em Pernambuco entre 1710 e 1711. Teve como principal causa a disputa política entre os senhores de engenho de Olinda e os mascates (comerciantes portugueses) pelo controle de Pernambuco. 

Revolta de Filipe dos Santos

Também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em Vila Rica (Minas Gerais), atual Ouro Preto, no ano de 1720. Liderada por Filipe dos Santos, teve como causas: 

- A cobrança de altos impostos e taxas pela coroa portuguesa sobre a exploração de outro no Brasil. 

- A criação das Casas de Fundição, criada para controlar e arrecadar impostos sobre o ouro encontrado na colônia. 

- Proibição da circulação do ouro em pó, com punições severas para quem fosse pego com o ouro nesta condição. 

- Monopólio das principais mercadorias pelos comerciantes portugueses. 

Outras revoltas nativistas: 

- Revolta do Sal (São Paulo e Minas Gerais - 1710)

- Revolta da Cachaça (Rio de Janeiro - 1660 a 1661)

- Motins do Maneta (Salvador-BA - 1711)

 

Bibliografia Indicada: 

História do Brasil

Autor: Vicentino, Cláudio / Gianpaolo, Dorigo

Editora: Scipione

Temas: História do Brasil

 

Revoltas, motins, revoluções

Autor: Duarte Dantas, Mônica

Editora: Alameda

Temas: Revoltas no Brasil, História do Brasil

 

Conjuração Baiana

Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, pois muitos destes profissionais participaram do movimento, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter popular ocorrida na Bahia em 1798. Teve uma importante influência dos ideais da Revolução Francesa. Além de ser emancipacionista, defendeu importantes mudanças sociais e políticas na sociedade.

As causas que levaram a essa revolta foi a insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos. Havia também uma forte insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal de independência estava presente em vários setores da sociedade baiana.

Os objetivos dessa revolta era defender a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal, defendiam a implantação da República, a liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior e a liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios sociais e também da escravidão.

Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata. Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o soldado Luís Gonzaga das Virgens e os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento. O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e ex-escravos. 

Há relatos de que a revolta estava marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga, delatou o movimento para o governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria. O governo baiano organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram executados na Praça da Piedade em Salvador. 

 Bibliografia Indicada: 

- A Conjuração Baiana (Coleção o Cotidiano da História)

  Autor: Tavares, Luis Henrique Dias

  Editora: Ática 

  Temas: História do Brasil, Movimentos Emancipacionistas 



Brasil Monarquia

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Brasil Imperial

Brasil Imperial é um período da história brasileira entre 7 de setembro de 1822 (Independência do Brasil) e 15 de novembro de 1889 (Proclamação da República). Neste período, o Brasil foi governado por dois monarcas: D. Pedro I e D. Pedro II.  

Resumo dos principais fatos da História do Brasil Imperial: 

Primeiro Reinado (1822 a 1831) 

- 7 de setembro de 1822: Proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro I (então príncipe regente). 

- 12 de outubro de 1822 - D. Pedro I é aclamado imperador no Rio de Janeiro.

- 1823 - Reunião da Assembleia Geral Constituinte e Legislativa com o objetivo de criar a primeira constituição brasileira. Com pouco tempo de trabalha, a Assembleia é dissolvida pelo imperador que cria o Conselho de Estado. 

- 1824 - A Constituição Brasileira é outorgada por D.Pedro I.

 - 1824 - Confederação do Equador: movimento revolucionário e emancipacionista ocorrido na região nordeste do Brasil. 

- 1825 a 1828 - Guerra da Cisplatina: movimento que tornou a região do Uruguai independente do Brasil. 

- 1831 - Após muitos protestos populares e oposição de vários setores da sociedade, D. Pedro I abdica ao trono em favor de seu filho. 

Período Regencial (1831 a 1840) 

- Neste período o Brasil foi governado por regentes. Regência Trina Provisória, Regência Trina Permanente, Regência Una de Feijó, Regência Una de Araújo Lima. 

- O período foi marcado por várias revoltas sociais. A maior parte delas eram em protesto contra as péssimas condições de vida, alta de impostos, autoritarismo e abandono social das camadas mais populares da população. Neste contexto podemos citar: Balaiada, Cabanagem, Sabinada, Guerra dos Malês, Cabanada e Revolução Farroupilha. 

- 1840 (23 de julho) - Golpe da Maioridade com apoio do Partido Liberal. Maioridade de D.Pedro II foi declarada 

Segundo Reinado (1840 a 1889) 

- 1841 - D.Pedro II é coroado imperador do Brasil. 

- 1844 - Decretação da Tarifa Alves Branco que protege as manufaturas brasileiras. 

- 1850 - Lei Eusébio de Queiróz: fim do tráfico de escravos. 

- 1862 e 1865 - Questão Christie - rompimento das relações diplamáticas entre Brasil e Grã-Bretanha. 

- 1864 a 1870 - Guerra do Paraguai - conflito militar na América do Sul entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com o apoio do Reino Unido. Em 1870 é declarada a derrota do Paraguai. 

- 1870 - Fundação do Partido Republicano Brasileiro. 

- 1871 - Lei do Ventre Livre: liberdade aos filhos de escravas nascidos a partir daquela data. 

- 1872 a 1875 - Questão Religiosa: conflito pelo poder entre a Igreja Católica e a monarquia brasileira. 

- 1875 - Começa o período de imigração para o Brasil. Italianos, espanhóis, alemães e japoneses chegam ao Brasil para trabalharem na lavoura de café e nas indústrias. 

- 1882 - Início do Ciclo da Borracha: o Brasil torna-se um dos principais produtores e exportadores de borracha do mundo. 

- 1884 a 1887 - Questão Militar: crise política e conflitos entre a Monarquia Brasileira e o Exército. 

- 1885 - Lei dos Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade. 

- 1888 - Lei Áurea decretada pela Princesa Isabel: abolição da escravidão no Brasil. 

- 1889 - Proclamação da República no Brasil em 15 de novembro. Fim da Monarquia e início da República.

 

Bibliografia Indicada: 

Dicionário do Brasil Imperial

Autor: Vainfas, Ronaldo

Editora: Objetiva

Temas: História do Brasil

 

Bandeira Imperial do Brasil

A bandeira Imperial do Brasil, que vigorou de 1822 a 1889, teve duas versões. As duas tinham fundo verde com o losango amarelo. Porém, a primeira, que vigorou de 18 de setembro a 1 de dezembro de 1822, possuía ao centro um brasão com uma coroa dourada de fundo vermelho (semelhante a da bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves). 

Em 1 de dezembro de 1822, através de um decreto, Dom Pedro I fez algumas modificações na primeira versão da bandeira imperial. A principal mudança foi o fundo da coroa que mudou de vermelho para verde. Assim, ficava definida a coroa imperial sobre o escudo do brasão. 
A bandeira do Brasil Imperial foi criada em 1822 pelo desenhista, pintor e professor francês Jean-Baptiste Debret. Vale lembrar que José Bonifácio de Andrada e Silva, também conhecido como “o Patriarca da Independência”, ajudou Debret na elaboração do projeto da bandeira do Brasil Império. A bandeira do Brasil Imperial possui formato retangular. Com fundo verde, havia no centro um losango amarelo-ouro. No centro do losango ficava o brasão nacional (imperial).Este brasão consistia num escudo verde, tendo ao centro a esfera armilar e a Cruz da Ordem de Cristo (em vermelho). Havia também um aro de fundo azul com 20 estrelas brancas (representando as províncias brasileiras). Sobre o escudo estava disposta a coroa imperial. Do lado esquerdo havia um ramo de café o do lado direito um de tabaco. 
Significados 
Não se sabe com exatidão os significados dos elementos gráficos e cores da bandeira imperial brasileira. Porém, existem hipóteses e, as mais aceitas, são: 
- Cor verde: simbolizava a Casa de Bragança, dinastia a qual fazia parte Dom Pedro I. 
- Cor amarela: representava o ouro e as riquezas minerais existentes em solo brasileiro. 
- Ramos de café e tabaco: representava os dois principais produtos agrícolas do Brasil Imperial. 
- Coroa: símbolo do regime monárquico. 
- Cruz da Ordem de Cristo: valorização do cristianismo no Brasil e da religião católica como oficial.
Bibliografia indicada:
Brasil, Hinos e Bandeiras
Autor: Editora Navegar
Editora: Navegar
Temas: História do Brasil Imperial, Monarquia, Bandeira, Hinos
 
Leis Abolicionistas 
 
A partir de meados do século XIX, os ingleses começaram a pressionar o Brasil para que fosse abolida a escravidão em nosso país. Embora os britânicos alegassem propósitos humanitários, os interesses econômicos estavam presentes e evidentes. Para os ingleses, o fim da escravidão ampliaria o mercado consumidor no Brasil, uma vez que os ex-escravos teriam renda para o consumo dos produtos britânicos. As pressões internas também eram grandes a favor da abolição da escravatura. A partir de 1880, várias manifestações populares ocorreram em diversas regiões do Brasil. Intelectuais e integrantes da classe média urbana eram os principais grupos que, através de manifestações, exigiam o fim da escravidão. Além do mais, ocorriam fugas e revoltas de escravos, principalmente na região Sudeste do Brasil. Foi neste contexto histórico que os políticos brasileiros foram, aos poucos, aprovando leis que "amenizavam" os efeitos da escravidão no Brasil.
 
Lei do Ventre Livre
Aprovada em 1871, foi a primeira lei abolicionista da História do Brasil. De acordo com esta lei, os filhos de escravas, nascidos após a promulgação da lei, ganhariam a liberdade. Porém, o liberto deveria permanecer trabalhando na propriedade do senhor até 21 anos de idade. Foi uma lei paliativa e que recebeu muitas críticas negativas dos abolicionistas. O principal argumento era de que estes “libertos” tinham que trabalhar para seus “donos” durante a fase mais produtiva da vida. Logo, os senhores iriam explorar ao máximo esta mão-de-obra até ela ganhar a liberdade.
 
Lei dos Sexagenários
 
Promulgada pelo governo brasileiro em 1885, esta lei dava liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade. Esta lei também recebeu muitas críticas, pois dificilmente um escravo chegava a esta idade com as péssimas condições de trabalho que tinham durante a vida. Vale lembrar que a expectativa de vida de um escravo neste período era em torno de 40 anos de idade. Esta lei acabava por beneficiar os proprietários de escravos, pois se livravam de trabalhadores pouco produtivos, cansados e doentes, economizando assim em alimentação e moradia.
 
Lei Áurea
Promulgada em 1888 pela Princesa Isabel, esta lei aboliu definitivamente a escravidão no Brasil. Porém, a liberdade não garantiu aos ex-escravos melhorias significativas em suas vidas. Como o governo não se preocupou em integrá-los à sociedade, muitos enfrentaram diversas dificuldades para conseguir emprego, moradia, educação e outras condições fundamentais de vida. Vale lembrar que muitos fazendeiros preferiram importar mão-de-obra europeia à contratar os ex-escravos como assalariados. 
 
Bibliografia indicada:
 
O abolicionismo
Autor: nabuco, Joaquim
Editora: Vozes de Bolso
Temas: História do Brasil, Sociologia
 
Balaiada 
 
Revolta popular ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841.
 
Motivos do conflito:
 
- Grande parte da população pobre do estado era contra o monopólio político de um grupo de fazendeiros da região. Estes fazendeiros comandavam a região e usavam a força e violência para atingirem seus objetivos políticos e econômicos.
 
Como começou e os fatos mais importantes:
 
- No mês de dezembro de 1838 o líder do movimento, Raimundo Gomes, invadiu a prisão de Vila Manga para libertar seu irmão. Acabou aproveitando a situação e libertando todos outros presos.
 
- Em 1839 os balaios (como eram chamados os revoltosos), fizeram algumas conquistas como, por exemplo, a Vila de Caxias. Conseguiram também organizar uma Junta Provisória.
 
- O governo maranhense organizou suas forças militares, inclusive com apoio de militares de outras províncias, e passou a combater fortemente os balaios.  Com a participação de muitos escravos fugitivos, prisioneiros e trabalhadores pobres da região, os balaios conseguiram obter algumas vitórias no início dos conflitos.
 
- O  coronel Luís Alves Lima e Silva foi nomeado pelo Império como governador da província do Maranhão com o objetivo de pacificar a revolta. O Barão de Caxias, que mais tarde seria duque, foi eficiente em sua missão e reconquistou a Vila de Caxias.
 
O enfraquecimento do movimento e o fim da revolta 
 
- Após perder a Vila de Caxias, o comandante dos balaios, Raimundo Gomes, se entregou as tropas oficiais.
 
- Em 1839, após a morte de Balaio, Cosme Bento (ex-escravo) assumiu a liderança dos balaios. Em 1840 ele partiu, com centenas de revoltosos para o interior.
 
- Em 1841, já com o movimento enfraquecido, muitos balaios resolverem se render, aproveitando a anistia concedida pelo governo.
 
- Em 1841, o líder Cosme Bento foi capturado e enforcado. Era o fim da revolta.   
 
Bibliografia Indicada:
 
Senhores e Escravos - a Balaiada
Autor: Branco, Renato Castelo
Editora: LR Editores
Temas: História do Brasil  
 
Abolição da Escravatura
 
 
No início da colonização do Brasil (século XVI), não havia no Brasil trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Os portugueses colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se posicionaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os colonizadores buscaram uma outra alternativa. Eles buscaram negros na África para submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste contexto que começou a entrada dos escravos africanos no Brasil.
 
Os negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões dos navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e, muitas vezes, violenta. 
 
Embora muitos considerassem normal e aceitável, a escravidão naquela época, havia aqueles que eram contra este tipo de prática, porém eram a minoria e não tinham influência política para mudar a situação. Contudo, a escravidão permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas. As providências para a libertação dos escravos, de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser tomadas lentamente.
  
Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais abolicionistas deste período.
 
A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870.  Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo brasileiro, pressionado pelo Reino Unido,  foi alcançando seus objetivos lentamente. 
 
A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.
 
No ano de 1885, foi  promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade.
 
Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão em nosso país. 
 
Batalha do Riachuelo 
 
A Batalha do Riachuelo foi um dos principais eventos militares ocorridos durante a Guerra do Paraguai. Aconteceu no dia 11 de junho de 1865, nas margens do rio Riachuelo, um afluente do rio Paraguai (situado na província de Corrientes, Argentina). Esta batalha naval colocou de um lado os paraguaios e de outro os brasileiros. O Paraguai, sem conexão com o mar, queria muito controlar os rios da bacia do Prata, pois significava uma saída para o Oceano Atlântico, ou seja, uma via de transporte de pessoas e mercadorias.
 
Na fase inicial da guerra, o Paraguai já havia feito importantes conquistas militares, ocupando regiões da Argentina, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Se saíssem vencedores da Batalha do Riachuelo, iriam controlar os rios Paraná e Paraguai e dar um importante passo na conquista do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Desta forma, poderiam fazer comércio com outros países e até receber armas da Europa.
 
Alguns dados da Batalha do Riachuelo:
 
- A frota brasileira era composta por nove navios de guerra. Já a frota paraguaia possuía 8 navios de guerra.
- Cerca de 2.500 militares brasileiros combateram na Batalha do Rioachuelo.
 
 
Bibliografia indicada:
 
- Guerra do Paraguai - revolução e genocídio
Autor: Nunez, Ronal Leon
Editora: Sundermann
Temas: Guerra do Paraguai, História do Brasil